quarta-feira, 31 de março de 2010

Lifehouse - Hanging By A Moment


Life's soundtrack. Todo mundo tem uma banda ou um artista em espécifico no qual você pode dizer sobre suas músicas: "Eu escrevi aquela letra! Eu vivi o que ele viveu! Eu sei exatamente do que ele ta falando!". Talvez a sua banda seja Legião Urbana (conheço umas trinta pessoas cuja banda de identificação - como eu gosto de chamar - é aquela do Renato Russo). A minha banda é LIFEHOUSE.

Chega a ser difícil recomendar Lifehouse pra alguém; se eu tento explicar o que senti ao ouvir as melodias e ao buscar a letra da música, eu posso estar me afundando na minha vida particular, ignorando completamente que você, querídissmo leitor, não tem nada ver com minhas desilusões, erros e acertos... Mas por sorte, Lifehouse sempre facilita meu trabalho, e cria músicas de fácil digestão, que tem a capacidade de cativar as pessoas com seus primeiros acordes. Então, evito falar o que passei em minha vida que fez com que eu me identificasse com determinada letra... a regra é simples quando tratamos dessa banda: eu mando a música, vocês dão um play no vídeo, e então é só ouvir e curtir... Basicamente a ideia do blog seguida à risca! ;D
Você não sabe, mas já deve ter ouvido Lifehouse em algum seriado. Suas músicas mais famosas são You And Me e Everything, que agradam bastante as pessoas mais melosas que não gostam de ouvir barulho, preferem algo romântico, e diga-se de passagem, fofo. O lance do dia vai ficar por conta de HANGING BY A MOMENT, de um álbum perfeito chamado No Name Face, que só não digo que é o melhor porque há outros dois álbuns deles do mesmo nível de grandeza ("Who We Are" e "Lifehouse" - que se você parar pra pensar, tem o mesmo nome rs). Resolvi não colocar as músicas mais populares deles para provar que não é uma banda de poucos hits, há muita coisa bacana vinda desse trio de Los Angeles. Aliás, para quem perguntar, essa música não tem nada a ver com meu momento atual de vida, ok? Se fosse pra escolher alguma deles atualmente, seria "Breathing", na medida para alguém apaixonado :)
Há uma mini-polêmica envolvendo Lifehouse. Alguns dizem que é uma banda cristã, onde suas músicas são direcionadas para Deus. Por exemplo, em Everything, a letra diz "Você é tudo que quero, tudo que preciso, você é tudo". Muitos encaram como uma poesia feita para uma garota, enquanto outros dizem que Jason (vocalista/compositor) escreveu para Deus. Faz sentido. Eu sou daqueles que pensam que Lifehouse é livre para quaisquer interpretações, mesmo que limitadas entre "escrito para Deus" ou "escrito para uma garota", e mesmo que eu sempre tenha visto sob este último ponto de vista.
Independente do que você acredita, o importante mesmo está na música, no som do baixo sempre bem arranjado de Lifehouse, na voz incrível do vocalista, e no caso de Hanging By A Moment, na vida que a guitarra ganha durante a música. Com sorte, você começa a se identificar com as letras e vira um viciado pela banda como eu. Quem sabe, né?

quinta-feira, 25 de março de 2010

Radiohead - Creep


O que dizer de uma música que foi censurada nas rádios por ser depressiva demais?

Vamos pensar... ou a música é muito ruim e usaram a essência fossa dela como desculpa para dizer às produtoras "sua música não entra aqui", ou as rádios eram simplesmente insanas de barrarem músicas boas sob esse pretexto tosco de depressão! Minha opinião? Loucas, insanas, acéfalas! Como pode uma rádio simplesmente recusar ninguém menos que RADIOHEAD, hein?
Ok, eu posso estar me exaltando um pouco. Claro que se você acompanha meu blog, ou se você deu uma olhada no menuzinho ao lado chamado "marcadores", percebeu que eu sou um pouco viciado em Radiohead, rs. Os mais atenciosos notaram no título que estamos falando da música CREEP, e quem conhece sabe que esse foi o primeiro single da banda. Por fim, quem conhece Thom Yorke e suas composições sabe que chamar algumas músicas de Radiohead de depressiva demais é até eufemismo... Então, talvez as rádios nem tenham sido tão loucas ao recusar Creep em suas programações, mas se perguntarem nas ruas, eu nunca assumi isso, tá bom?
Afinal, sou daqueles que considero Creep uma obra prima! Quem prestou atenção no que eu disse ali em cima já sabe que foi o primeiro sucesso da banda, e Deus sabe se existiria Radiohead hoje caso Creep não tivesse se tornado um hit... Um hit para os perdedores, claro! Imagine a cena, pessoas de diversos lugares do mundo levam um pé-na-bunda da pessoa amada. Todos se reúnem, cabisbaixos e deprimidos, em um grande saguão, entoando em um único coro o refrão de Creep, que iremos ver na tradução abaixo:
[SAP]"Você é tão especial*, eu só queria ter sido especial... mas eu sou um verme, um estranho, que $@#&# eu to fazendo aqui? Eu não pertenço a este lugar".[/SAP]
Brincadeiras à parte, embora eu tenha estereotipado a música como um hit para losers, não preciso dizer que há uma beleza nela que só encontramos em canções de Thom Yorke, não é mesmo? Independente de você ter levado um pé, é uma excelente música para se ouvir sozinho em seu quarto, se você gosta de algo desse estilo, claro... E agora pasmem, os arranhões super animais de guitarra que são dados antes do refrão (e tornam essa parte bem agressiva) foram uma tentativa do guitarrista Johnny Greenwood de estragar a música, que ele não curtia muito! Só que todo mundo gostou, e agora é uma das marcas registradas de Creep! LoL
Bom, queridões, eu não sou um verme, não sou um estranho, mas como diz a letra, vocês são todos especiais para mim, por lerem meu blog! (nhó). Até a próxima música, folks, prometo dosar vocês com menos Radiohead nos próximos posts! :)

*na versão da rádio o trecho foi alterado para "you're so very special", enquanto na versão original temos "you're so fucking special" \m/

terça-feira, 16 de março de 2010

Incubus - Love Hurts


Não se espante quando eu começar esse post falando sobre poetas e sobre o amor. Não quero entrar em clichês, nem na filosofia moderna, nem em movimento literário algum, afinal, você acha isso uma chatice, eu sei. Mas fiquem tranquilos, queridões, este blog ainda trata de MÚSICA!

No entanto, não conseguirei fugir disso... Para falar da canção de hoje, precisamos nos remeter aos poetas que diziam o quão contraditório é o amor. Veja que é simples de entender: no exato momento em que você se apaixona por uma pessoa e esta não corresponde aos seus sentimentos, a dor que você sente é imensa, quase inexplicável, você entra naquela fossa Radiohead e, na teoria, você que optou por esse sofrimento quando "doou seu coração" a essa pessoa.
"É querer estar preso por vontade", disse uma vez Camões, e quem irá discordar? Você sim? Eu não. Quando você vive um relacionamento perfeito com a pessoa que ama, você está preso a ela, mas você não se sente acorrentado, você sente apenas sensações boas, você tem a certeza que vale a pena ter esse elo com a pessoa. Mas e quando estamos no caso do amor não correspondido? Vale a pena se prender ainda assim a pessoa amada? Não, dessa vez não é Freud que aparece com a resposta, mas sim a banda americana INCUBUS, que bate no peito e diz que SIM, vale a pena "sofrer por amor", trazendo seus argumentos na bela música LOVE HURTS.
Vamos a alguns dados importantes para nossa vida, ou para esse post: Em 1960 a banda The Everly Brothers gravou uma música com esse mesmo nome que ficou conhecida quinze anos depois com a regravação da banda Nazareth. Muito diferente de Incubus, a letra sustentava que não valia a pena vivenciar esse amor; o amor machuca, as pessoas são iludidas, você acredita no amor porque você é tolo, ponto final. Por sua vez, Incubus traz um panorama otimista em seu sexto álbum, e caso você se atente ao refrão da música, irá encontrar tudo o que precisa para dizer "SIM, vale a pena amar!". Não é bonito?
Então, acompanhe comigo a tradução do refrão: [SAP] "Às vezes quando estou sozinho, penso: 'será que estou sob algum feitiço que me impede de ver a realidade?'. O amor machuca, mas às vezes traz uma dor boa que faz com que eu me sinta vivo. O amor canta quando transcende as coisas ruins, então tenha um coração e me teste, pois sem amor eu não irei sobreviver" [/SAP]
Na música de Nazareth temos uma metáfora que diz que o amor é uma chama (não é de se dizer "nossa, que original", mas enfim), que serve para queimar, machucar, ferir. Com Incubus, essa chama não existe para 'apenas' para essa função, mas também para trazer vida ao indivíduo! Não é bonito?²
Por fim, traz uma daquelas reflexões que eu sempre encarei como um "hino". Se você, de coração sensível, uma pessoa sempre apaixonada, for contestado por algum ser tolo que diz "aff, por que você insiste em amor, só traz dor de cabeça, meu!", erga o dedo indicador para cima (pose de sábio chinês) e diga para ele que quando o amor transcende os obstáculos difíceis, é capaz de lhe proporcionar as melhores sensações do mundo.
Pra quem se identificou com a letra e curtiu toda essa reflexão poética sobre amor, dê um play no vídeo e ouça Love Hurts, pois não irá se arrepender, já que irá se deparar com um lindo arranjo de guitarra, em uma baladinha muito gostosa de ouvir, que pode se tornar de grande importância para a vida dos apaixonados de plantão que sempre quiseram provar o valor de amar.
Ao som de Incubus, espero que tenha passado ao menos uma boa mensagem para vocês, caros leitores:
Nunca desista do amor, pois um dia encontrará alguém que realmente nasceu pra você, e então verá como tudo irá valer a pena e como o mundo ganhará cores especiais a cada novo dia que chegar! =]


ps: estou usando uma linguagem mais "descolada" para tentar cada vez mais me adequar ao universo dinâmico da música! Não, ninguém reclamou da linguagem usada nos posts anteriores, mas eu gosto de mudar, experimentar, enfim, comentem para que eu saiba a opinião de vocês quanto a linguagem, ok? :)
ps2: desculpem pelo texto grande, irei maneirar na próxima :/