sábado, 30 de abril de 2011

The National - Fake Empire


The National, minha banda do momento.

Desculpem queridões, mas hoje o post será bem pessoal. Isso porque no começo de abril eu fui ao show do The National, e muito do que tenho a passar pra vocês sobre a banda está sob influência disso! O show foi tão bom que - eu juro - saí de lá com a impressão de que eles formam a melhor banda do mundo! Claro que isso é bem relativo, mas dá para vocês terem uma ideia do quanto foi bom!
Alguns fatores contribuíram com isso... O fato de eu estar grudado na grade, de eu ter até encostado no cantor (o incrível Matt Berninger), da boa companhia e, claro, dos caras mandarem muito bem ao vivo. Mas o que importa mesmo é o quanto as músicas deles hipnotizam, o quanto elas são lindas e bem trabalhadas. Vou falar disso.

The National é uma banda americana muito querida por lá, e apesar do reconhecimento internacional ser fraco, não tem um lugar que os caras passam aonde eles não encantam. São famosos pelo vocalista barítono Matt Berninger, que tem aquela voz melancólica e grossa, estilo Nick Cave, sabe? A musicalidade da voz do cara é tão boa que praticamente todas as músicas do The National já valem a pena somente pelo vocal. Mas calma lá, não vamos tirar o mérito do resto da banda!
O The National tem um dos melhores bateristas da atualidade, a melodia do teclado é um dos maiores destaques, a guitarra é única, e alguns instrumentos de sopro (não sei dizer se é exatamente um saxofone) costumam dar originalidade às canções.
Eu poderia falar sobre uma música para cada um desses detalhes, mas hoje ficamos apenas com a beleza do teclado que inicia e carrega nas costas a lindíssima FAKE EMPIRE, além de vocês entenderem na prática o que significa essa musicalidade da voz de Matt Berninger, e se arrepiarem com a entrada dos instrumentos de sopro no fim da canção, dando ritmo e uma certa empolgação à melodia. Demais!

Sim, rasguei elogios à banda o post inteiro. Pois quando você quer falar sobre a sua "banda do momento", você quer mostrar que ela é perfeita, independente de suas qualidades e defeitos. Mas cá entre nós, The National é perfeito. Não é?

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ps: dedicado à boa companhia do show, o casal Anna e Edu (o cara que tirou a foto acima do Matt durante o show)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Nada Surf - Popular


Qualquer garoto do mundo pode ser seu! É só você seguir o meu plano, O GUIA ADOLESCENTE DA POPULARIDADE!!!

Ok, não fui eu quem disse essa frase. Foi dita pelo NADA SURF, aos berros, em meados de 1996. Ela faz parte do PRIMEIRO single do PRIMEIRO álbum dessa banda sensacional. Prometo falar melhor desse trio de rock em um futuro não tão distante, mas hoje tenho muita coisa a falar sobre essa canção: POPULAR.

A ideia da música realmente foi descrever um guia da popularidade, mas não um guia sério, e sim sarcástico, cheio de raiva e ironias. O guia não é cantado, e sim falado, enquanto um dedilhado faz o fundo da música. Na primeira parte, o guia ensina como a garota deve acabar um namoro sem ser desonesta e não despedaçar o coração do cara, mesmo dizendo a ele que está querendo ficar com outro rapaz. Conclui-se aqui que o compositor da música deve ter levado um pé na bunda feio, sendo trocado por um desses populares da escola, na música chamado de Johnny. Na segunda parte ele ensina a garota a como chegar nesse Johnny. "Diga a ele que fez um bom jogo de futebol, diga a ele que gostou do artigo que ele publicou no jornal". Embora a primeira parte tenha sido dita com calma, na segunda é repleta de raiva. Mas a explosão vem na terceira parte, quando é dito que ela pode ficar com Johnny e com quantos mais garotos "populares" ela quiser, afinal, ela é uma jovem "original", não precisa se prender a uma pessoa só! Não é?

O fator que separa as três partes é o refrão destruidor (e grudento), aonde a guitarra entra comendo, e algumas frases são cantadas, como: "eu sou a estrela da festa, eu sou popular!", "eu tenho um carro, eu sou popular", "eu pego uma líder de torcida, eu sou popular". Na terceira parte, essa guitarra mais pesada entra antes do refrão, quando o que era falado passa a ser gritado, e temos a frase que iniciou esse post mandada pra fora com muito ódio, logo após a parte aonde é dito que ela pode pegar quem ela quiser.

Popular é uma música incrível, repleta de energia, e você consegue sentir na sua pele a revolta do cara, que levou um pé e viu sua garota ficar com os bonitões e pegadores da escola. Eu conseguia sentir essa revolta antes mesmo de conhecer a letra, então espero que você que acabou de conhecer a música pelo blog, e já sabe do que se trata, ouça e consiga sentir essa revolta também! A não ser que você se identifique como o popular, ou pior, como a garota da história... hahaha

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Death Cab for Cutie - GrapeVine Fires


Eu já falei de muitas músicas tristes aqui no blog. Mas de clipe triste, essa é a primeira vez!

A propósito, essa é a primeira vez que vou comentar um clipe aqui. Pra você que não quer assistir, pode apenas ouvir a música e acompanhar o post como sempre, mas tenho certeza que caso assista o clipe irá adorá-lo, e provavelmente irá se emocionar ou se comover com ele!

Irei falar sobre a música GRAPEVINE FIRES, da banda muito-bem-falada nesse blog, DEATH CAB FOR CUTIE. Grapevine Fires possui uma combinação linda entre o teclado e a bateria, e a triste guitarra trilha perfeitamente o clima melancólico do clipe - uma animação muito bem feita, recurso muito usado nessas peças. O personagem principal se depara com sua cidade (um campo com casinhas humildes) literalmente queimando. Incêndio. Fogo por toda a parte. Como a animação é bem sutil (mistura de recortes com desenho), a imagem não é agressiva, é melancólica mesmo. O garoto entra na sua casa e os pais, arrumando desesperadamente as coisas para fugir, pedem para o filho que encontrem seu irmão, que saiu com a namorada. O garoto e seu cachorro saem à procura, passando por famílias que tentavam sair da cidade - alguns se preocupando com objetos materiais, alguns com recordações e memórias que seriam perdidas. Com 1:12 de vídeo podemos ver inclusive o próprio Death Cab se preparando para fugir em uma van. \o/
Para não estragar a surpresa, assistam o vídeo e vejam o fim dessa saga. Todo o sentimentalismo da banda e da música conseguiram ser transmitidos com perfeição nessa animação, que pode ser vista superficialmente como uma família fugindo de uma cidade imersa no caos, mas profundamente o clipe de Grapevine Fires mostra como as pessoas podem lidar com as perdas - sejam elas materiais, de recordações ou de vidas.

E então, você que assistiu o clipe, emocionou-se também? Eu já assisti um milhão de vezes e sempre fico paralisado quando o clipe acaba! haha É como aqueles belos filmes que te deixam sem fôlego e com vontade de abraçar alguém, ou melhor, como aquelas belas canções que te transportam para outros universos e te inspiram a viver.

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ps: vocês acham que eu deveria analisar mais clipes? diz aí nos comentários ;)