segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Thirteen Senses - Saving


Ah, essa banda. Ah, essa música.

Acredito que hoje vai ser bem fácil tagarelar nesse post. Porque é uma daquelas vezes que eu falo da música com amor, sabe? Que eu tenho que me conter nos elogios para não estragar o texto. Dessas vezes que dá vontade de baixar um Vinicius de Moraes e sair proferindo palavras bonitas insanamente pra tentar passar todo o encanto que a música tem.
Vish, comecei.

Não é que eu não fale das outras músicas aqui no blog sem esse tal amor. Tanto que nem me considero um "críticozinho" de música: afinal, eu só posto sobre o que eu gosto! Mas algumas vezes é aquela recomendação do tipo "você gosta de bandas estranhas? ouça essa, é sensacional". Ou então "quer ficar bem humorado? ouça essa música". E a música de hoje, SAVING (do incrível Thirteen Senses), é aquela que eu só consigo falar "É linda, incrível, sensacional. Sério, ouça. Por quê? Porque ela é linda, incrível, sensacional, oras."

Ela é um pouco triste, é verdade, mas isso vocês já estão acostumados de ver aqui no Song Sweet Song. Não?

Bom, pra não ficar me repetindo, vamos comentar um pouco sobre a estrutura da música, que é um dos pontos chaves dela.
Saving se divide em três partes sonoras, segundo a minha percepção. São três momentos distintos, complementares e bonitos. O primeiro traz um violão acustico, que com uma boa combinação de acordes, nos traz uma bela melodia, dessas que nos jogam um pouco na fossa, mas também nos deixam calmos, em paz. Até aí, nada de mais. Se a música fosse apenas a primeira parte, seria bem comum, em verdade. Não deixaria de ser bonita, porém, o segundo momento é que faz ela ser especial. Will South, o vocalista, vai puxando seus versos como se eles se encaminhassem para um grande refrão, junto com o teclado e a guitarra que vão crescendo. No entanto, o que entra é um solo de guitarra ESPETACULAR, que praticamente canta sozinho. Não, não estamos falando desses ótimos e barulhentos solos de rock n' roll, mas sim de um solo melancolico, que se encaixaria na trilha de qualquer filme naquele momento em que o personagem se sente desolado, arremessando-nos contra a parede, estapeando nossas faces, que deslumbradas de tanta maravilha, florescem na brisa de um.......

Tudo bem, eu entendi, eu entendi. Essa é a hora que eu paro de falar e paro, também, de tentar incorporar qualquer poeta que esteja sobrevoando minha casa nesse momento (que horror).
Mas vocês entenderam que eu gosto desse solo, não é? Ok.

Por fim, depois que a guitarra te derrubou pra todos os lados do seu quarto, a música vai abaixando, e começa o terceiro momento, um solo de teclado, afinal, eles precisam demonstrar que são primorosos no violão, na guitarra e no piano, não é? Esnobes.

Essa canção faz parte da provável melhor tríade da história da música indie-desconhecida: Gone / The Salt Wound Routine / Saving. Todas do Thirteen Senses, todas do mesmo cd (The Invitation), todas devidamente postadas e comentadas aqui no blog.
Ouçam as três em seguidas e digam se eu to errado.