segunda-feira, 30 de abril de 2012

Teenage Dreams



Dia 25 de Abril de 2012. A banda americana Nada Surf colocava fogo em uma noite fria de São Paulo.

Esse texto provavelmente se chamaria Daniel Lorca, e seria um tributo ao baixista-figuraça do Nada Surf. Isso porque como dito no post anterior, eu iria presenciá-lo no show de sua banda. E lá fui eu, com minha namorada, ser o primeiro da fila do Cine Joia, a ainda-nova casa de shows que fica próxima à Av. Liberdade. Eu não gosto muito da ideia de fazer resenhas, mas durante o show estava amadurecendo ideias para esse post. Assim como no texto sobre o show do Kings of Convenience, queria fugir do usual, e resolvi que o tema seria o baixista da banda. Afinal, era um destaque de fato: tocava com uma vitalidade e energia única, conversava com o público sem o microfone, fazia diversas poses roqueiras enquanto tocava, e em momentos épicos, colocava um cigarrinho na boca durante a música, lembrando muito o Slash em sua fase áurea.
Sim, esse seria o meu post. Porém, veio o bis do Nada Surf. E daí pra frente, tudo mudou.

Primeiro, alguns fatos. Minha música favorita da banda é Popular, que não átoa, tem um post dedicado a ela nesse humilde blog. A música favorita da minha namorada é I Like What You Say. Em shows, raramente eles tocam Popular, por ser muito antiga, hit saturado, essas coisas. I Like What You Say, por sua vez, eles nunca tocam.
Quando a banda saiu pro bis, depois de um show bem animado, eu já tinha me conformado com a ausência de minha favorita na setlist. Mas minha namorada não. Sacou uma placa da bolsa, e pediu pra eu segurar, já que estávamos bem na cara de Matthew Caws, o mega-simpático-vocalista da banda. Caws voltou pro palco, e se dirigiu até a gente, agachando e afastando um pouco a placa que pedia I Like What You Say, dizendo pra nós algo como "olha, não vamos tocar essa música agora, mas depois do show eu posso tocar uma versão acustica pra vocês, ok?". Ficamos congelados, lembro-me de ter agradecido, e ele seguiu seu show.

Naquele momento eu já estava bem feliz, embora tivesse claro na minha cabeça que essa história de "tocar pra vocês depois do show" poderia ser mais algo que se fala da boca pra fora, do que uma promessa. Voltei minha atenção para o show.
E que bis fantástico! Talvez o melhor que eu já assisti. Muito em função de terem sido quatro músicas animadas pro público esgotar toda aquela energia que ainda restava no fim da noite, pulando e se esgoelando. Mas o principal, obviamente, veio nos primeiros acordes e dedilhados de... adivinhem? POPULAR, sim, eles tocaram minha favorita, para o meu êxtase espiritual!

Fim de show, aquela sensação já conhecida de "grande noite" com "gosto de quero mais" e "melancolia por ter acabado". Mas não tinha acabado. Notei uma movimentação diferente atrás de mim, uma galera se aglomerando, e quando vejo, SIM, Matthew Caws tinha saído por uma porta oculta e estava com um violão na mão tirando foto com todo mundo. Um violão na mão.......
Por mais inacreditável que parecia, era uma promessa. Matthew tocou I Like What You Say para os felizardos que não foram embora correndo do show. Devido ao pedido da minha namorada, ao nosso pedido. De quebra, conseguimos fotos e autógrafos com ele! Fãs realizados, como acontecem nos nossos sonhos adolescentes...

Desculpe, Daniel Lorca... Mas você perdeu seu post-tributo depois disso tudo!






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ps1: todas fotos do post foram tiradas por mim :)
ps2: desculpem se o texto saiu muito grande e muito pessoal, mas eu precisava de um registro disso tudo antes que as coisas comecem a escapar da minha memória
ps3: acessem as versões dos fatos contados pela minha namorada, no blog dela: Miniature Disasters

sábado, 31 de março de 2012

Nada Surf - Your Legs Grow


Em dez dias teremos no Brasil o lindo show da banda de rock alternativo Nada Surf. Eu estarei lá! Mas quando digo isso com orgulho pra todo mundo, 99% olha pra mim com aquela cara de... NADA WHO?

Mas vamos fazer justiça... Quem acompanha meu blog (quem?) já deve conhecer Nada Surf, caso tenha lido o post sobre a música Popular! Supondo que não tenham lido, eis mais uma oportunidade de curtir os caras. Apresento a vocês YOUR LEGS GROW, uma canção que podemos chamar de "romântica". Em verdade, se comparar com Popular, conseguirão notar uma diferença bacana de sonoridade! Temos um exemplo de uma música de revolta adolescente e uma música apaixonada, variedade sonora que é importante pra uma banda, ainda mais com seus 20 anos de carreira. ‘Mudar pra não ser repetitivo e conseguir manter uma identidade’ é uma das tarefas mais difíceis para a maioria das bandas! Vejam Arctic Monkeys, a diferença entre os dois primeiros álbuns para os dois últimos foi tão grande a ponto das pessoas precisarem definir se são fãs da época inicial ou da época atual deles! Mas junto com outras bandas como Muse, Radiohead, Incubus, (...), Nada Surf não passa por esse problema.

A propósito, encontrar um problema no Nada Surf é uma tarefa complicada. A banda não tem como destaque uma primorosidade técnica ou inovação e originalidade que possam ser marcantes, mas tem esse detalhe de ser cativante, viciante e fazer com que você não consiga encontrar um defeito pra dizer "pena que eles.....". Você começa ouvindo um álbum deles, logo já está engolindo outro e querendo conhecer toda sua discografia de seis (ou sete, se considerar um específico para covers) discos. Eu recomendaria começar pelo terceiro álbum, Let Go, embora eu mesmo tenha começado por The Weight is a Gift, álbum de produção assinada pelo grande Chris Walla (guitarrista do Death Cab for Cutie), e que contém a música Your Legs Grow.

E já que falei pouco da música recomendada do dia, vamos a ela. A melodia traz um sentimento de que ela explodirá a qualquer momento. É praticamente acústica, e depois do segundo refrão parece que a bateria entrará energizando o resto da canção. Mas não, ela se contém, e continua como uma declaração de amor tocada diante de uma janela. É complicado falar de sua letra, pois vejo que é uma das canções mais pessoais do Nada Surf, mas você consegue captar a mensagem de que não importa o quão difícil a situação esteja, o relacionamento citado na história é capaz de superar tudo. E claro, deve se considerar a frase mais bacana da música: "You're the only person in the world I feel that way about" :)

Em breve voltarei a falar do Nada Surf para dar uma comentada sobre o show em sampa. A banda toca no Cine Jóia no dia 25 de abril. Creio que os ingressos ainda não se esgotaram, quem quiser dar uma corridinha......

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*Na minha segunda semana de namoro eu comentei com minha namorada que queria ouvir esse tal de "Nada Surf". Ela disse que queria tbm, e combinamos de escutar juntos. Desde então Nada Surf meio que se tornou nossa banda. E agora iremos pela primeira vez juntos em um show, logo pra ver nossa banda! Esse post é pra você, amor! você é a única pessoa no mundo pela qual eu sinto isso :)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Arctic Monkeys - I Bet You Look Good on the Dancefloor


Já é um clássico do indie rock. Sim?

Tudo bem, vocês estão certo, talvez a palavra clássico seja forte demais para qualquer música dos anos 2000, afinal, precisamos de um bom tempo para determinar se algo é um clássico ou não. Mas vamos considerar que ao citar as bandas mais importantes para o indie rock, é impossível não passar por Arctic Monkeys (talvez Strokes seja a mais citada, mas a banda de Alex Turner deve vir logo em seguida). E se Arctic Monkeys tem essa importância toda, temos que considerar quais foram os hits da banda que a levaram para o patamar assumido hoje. Eu posso estar bem enganado, mas para mim, a música mais famosa - e por que não - importante da história dos macaquitos é I BET YOU LOOK GOOD ON THE DANCEFLOOR.

Na única vez que falei de Arctic Monkeys aqui foi de outro clas....grande trabalho deles, a não menos importante Fluorescent Adolescent... No entanto, creio que deveria ter começado por I Bet You Look Good on the Dancefloor, tanto por fazer parte do primeiro álbum deles, quanto por ser uma música completa! Sim, ela tem de tudo, não é átoa que apresentou da melhor forma possível o Arctic ao mundo. Tem uma entrada marcante com a guitarra, um vocal rápido e roqueiro, segundas vozes muito apropriadas ("you are dinamyte!"), um refrão matador (daqueles que fazem você voltar umas dez vezes até conseguir cantá-lo junto com o vocalista), e por fim, não deixa de lado a proposta de ser dançante como sugere o título, mesmo sendo inteira baseada em riffs de guitarra. Rock para dançar.

Ah, claro, em uma música completa a letra também é levada em conta, e nessa canção temos uma letra bem elaborada, repleta de referências a outras obras, às vezes até difíceis de capturar. Por exemplo, a frase "Seu nome não é Rio, mas eu não me importo com areia" remete a uma música do Duran Duran que conta sobre uma excêntrica garota chamada Rio que dança na areia. No refrão há referência ao livro 1984, de George Orwell, onde é dito que a garota se parece um robô de 1984. Isso porque no livro se diz que no futuro as pessoas não terão mais amor no coração, como os robôs. A falta de amor é um tema decorrente da música em si.

Se apenas o tempo dirá se esta música é um clássico ou não, melhor a gente gastá-lo da melhor forma possível, portanto! Quem sabe dançando um pouco de rock pra lavar a alma?!

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ps: essa é dedicada para minha amiga Gabê! She's dinamyte!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carnaval Hipster - A Mixtape!

Para quem não gosta de Carnaval: esse é nosso!


Não, eu não vou criticar o carnaval nesse post. Creio que todos tem o direito de gostar do que bem quiser, desde que não obriguem os outros a gostar disso também (sim, isso foi uma indireta. Pra 1840 pessoas que eu conheço). Esse post não é feito para arrancar o espaço de ninguém, e sim pra criar o nosso espacinho, da galera que não quer passar 4 dias sambando!
Sei que muitos irão a baladas alternativas e bacanas que não tocam marchinhas carnavalescas, mas pra quem quer ficar em casa e não tá afim de ouvir o som que vem da TV, do vizinho, ou do céu (sabe-se lá de onde brotam essas músicas nessa época do ano), acabo de criar a gloriosa "CARNAVAL HIPSTER", a Mixtape mais indie e bacana que você encontrará hoje!

Não estamos no clima de carnaval, mas também podemos ficar animados! A nossa CARNAVAL HISPTER está repleta de músicas felizinhas pra você! ;)

Carnaval Hipster by Gabriel Pozzi on Grooveshark



Comentários adicionais:
- Escolho "Finer Feelings", do Spoon, como a mais feliz da mixtape!
- No fim da última música, do Doves, rola uma inspiração carnavalesca, só pra não dizer que os indies não se misturam nunca!
- Eu sei, colocar uma chamada "We Dont Want Your Body" no carnaval é de extrema ironia da minha parte! Foi mal!
- Ahhh, mas eu coloquei "Sex on Fire", fala se não foi adequado?


obs final: o grooveshark foi excluindo as músicas da visualização acima aos poucos. ¬¬ Porém, pelo link do download, estão todas lá ainda.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Athlete - Tourist


Ahá! Aqui estou eu falando uma vez mais de um dos meus álbuns favoritos de todos os tempos! Quem me acompanha aqui pelo blog sabe que fico entre Transatlanticism (do Death Cab for Cutie) e Tourist (do Athlete). Adivinhem de qual falarei hoje? Okay... a resposta está no título do post, o qual vocês já leram... ¬¬
Então vamos parar de enrolação e vamos falar sobre a música que dá nome ao cd dos britânicos do Athlete!

O que me encanta nas músicas desse álbum do Athlete é que quase todas elas são muito naturais... e não quero dizer com isso que convidaram índios para fazer um bico nas canções, ou que as tocaram com instrumentos primitivos, ou ainda que o cd está repleto de sons de cachoeira, sabiás, etc! Meu ponto é... quando você ouve qualquer música desse álbum pela primeira vez é como se você já tivesse as ouvido antes! Não é como se eles tivessem plagiado algo; mas parece que a música vai se completando na sua cabeça exatamente como ela foi composta, a percussão entra na hora que você imagina que vai entrar, o refrão se repete no momento exato que você precisa cantá-lo... É tudo natural!

A canção Tourist deu nome ao álbum talvez porque seja uma palavra bonita e de impacto, TURISTA, mas gosto de pensar que eles escolheram exatamente aquela música que representa o cd como um todo. Ouçam a música, e vejam se o que descrevi não acontece com precisão!

Quanto a letra, é engraçado dizer, mas passei pela situação dita na música a poucos dias! Aparentemente temos a história de um rapaz que viaja para algum lugar (no caso, à Europa), e percebe que sem a pessoa que ele gosta ao lado dele a viagem se tornou ruim. A música é repleta de frases simples de efeito, como "eu não sou nada sem você", ou no refrão "sinto que nada pode nos quebrar", ou ainda "só quero estar com você, meu amor" - que é repetida diversas vezes no fim da canção, e fica grudada na sua cabeça!
Há quem diga que "turista" seja como o rapaz se sente no seu relacionamento, mas não há nada na música que sustente isso, em minha opinião. No final, inclusive ele diz que os dois não podem se salvar se ficarem sozinhos ou conectados apenas por um celular! Típica situação que vivi, com a diferença que - ao contrário da letra onde o rapaz passa um tempo de turista - minha namorada que acabou viajando. Mas garanto que o sentimento de saudade é universal, eu sei disso, você sabe, e o Athlete também sabe, afinal, criou essa linda música sobre saudade, resumindo bem os sentimentos que crescem na gente quando estamos longe de quem gostamos.
We cannot save ourselves alone.

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ps: dado pessoal aleatório: passei na faculdade!! \o/ sei que tinha gente que sabia da minha situação (hard) de vestibulando, acho que ficarão felizes em saber que sou o mais novo estudante da Unesp! ;)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Last.fm - Os Melhores de 2011

Eu tenho um vício por estatísticas. Ainda mais de coisas que eu gosto, como música. Por isso o Last.fm caiu como uma luva pra mim, site que uso há mais de 3 anos!
O Last.fm não está me patrocinando, mas preciso falar bem deles: o site se baseia em um plugin chamado "scrobbling", onde todas as músicas que você escuta no seu pc são registradas no seu perfil. Nele temos estatísticas sobre tudo o que você ouve (exemplo: eu tenho 2115 execuções do Radiohead, sendo que a música deles que mais ouvi foi Nude, com 131 execuções), além de recomendar bandas baseado no seu gosto, ter rádio online, perfis com informações sobre todas as bandas, etc, etc.

O que importa é que, tendo o controle dos números sobre o que todas as pessoas ouviram no ano, eles tem o poder de criar uma lista baseado não em um gosto pessoal de alguém, mas nas estatisticas arquivadas no site. E se você pensa que apenas o mundo pop teria ingresso a uma lista desse tipo, você está enganado! Trago aqui alguns comentários sobre a tal lista dos melhores de 2011 formulada no site, visando obviamente a galera indiezinha bacana que aparece por aqui no Song Sweet Song!


~~ INTRUSO NO PÓDIO
Certo, vocês notarão que muitas bandas "do nosso time" pipocaram na lista, mas não teve como tirar o pódio das grandes cantoras pops! Pelo menos o primeiro lugar fechou com Adele, que se vocês se lembram, na minha lista de melhores de 2011 apareceu em 4º lugar. O segundo fechou com Lady Gaga, infelizmente sem surpresas até esse momento, até que chegamos no terceiro lugar e temos quem? Quem? FOSTER THE PEOPLE! Na frente de Britney Spears e todas outras celebridades pops que você possa imaginar! Pra uma banda toda hipster, que lançou seu primeiro álbum ano passado, ser a terceira mais ouvida é um feito e tanto. Se bem que, analisando todos os feitos dessa banda em um ano só, o bronze fica até pequeno. Participação nos maiores festivais do mundo, música tocando em todas as rádios inglesas e americanas, reconhecimento de grandes artistas, escolhida como dona da melhor música do ano pelo conceituado blog Song Sweet Song... (há)

Foster the People, 3º lugar


~~ MEUS ESCOLHIDOS
No post passado vocês viram minha lista, então fui à caça entre as semelhanças dos meus escolhidos com o que apareceu no best of do Last.fm. Logo de cara temos o Foo Fighters aparecendo em 8º e a melhor banda do mundo, Radiohead (rs), aparecendo em 9º. Ótimas aparições. Ainda no top 20 temos Coldplay (13º) e - olha quem cresceu - Bon Iver (15º)!! Death Cab for Cutie já não teve o mesmo reconhecimento que esses quatro, ficando apenas em 46º. Mas ainda assim, se saiu bem melhor que Cold War Kids, que não apareceu entre os 100 melhores do ano :(
Tudo bem CWK, vocês ainda tem a primeira posição aqui no meu blog :(

Foo Fighters, 8º lugar

~~ SURPRESA!!!
A maior surpresa da lista fica sem dúvida com o bronze do Foster the People, mas temos outros destaques desse tipo aparecendo. Por exemplo, Fleet Foxes quase entre as dez melhores, com um honroso 12º. E o que dizer do Beach Boys, banda lendária da década de 60, surgindo em 41º? Logo em seguida outra banda antiga que já falei aqui no blog, a qual eu fui no seu ótimo show ano passado: Roxette (42º)! Por fim, tivemos a fofa da Feist aparecendo em 82º. A posição é baixa, mas os fãs da Feist sabem o quanto ela é boa e mesmo assim não recebe o devido reconhecimento...

Fleet Foxes, 12º lugar

~~ NOSSO TIME
Alguns nomes bonitos que se destacaram nessa lista, os quais já apareceram nesse blog, ou vão aparecer esse ano: The Strokes (7º), Incubus (14º), James Blake (16º), The Vaccines (17º), The Decemberists (26º), White Lies (34º), Arctic Monkeys (35º), Florence + the Machine (37º), Beady Eye (40º), Bjork (43º), Red Hot Chili Peppers (47º), Mogwai (56º), Gorillaz (57º), The Antlers (71º), The Black Keys (79º), Kasabian (84º), The Kooks (94º), The Pains of Being Pure at Heart (100º)

The Strokes, 7º lugar

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obs:
1. Podem me adicionar no meu perfil do Last.fm, só avisem que me encontraram pelo blog :)
2. O last.fm registrou mais de 11 bilhões de execuções em 2011, o que fortalece bastante a lista, que você pode encontrar completa clicando aqui!
3. Caso encontrem mais alguma banda na lista que você acha que poderia ser "do nosso time", poste pra mim nos comentários, eu provavelmente nunca a ouvi e ficarei feliz de estar conhecendo mais coisas boas! o/

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

TOP 5 - Os Melhores de 2011

É uma tradição de fim de ano entre os blogs de música. E eu fugi dela no ano anterior.
Com uma ideia de manter o blog apenas como um banco de dados de análises e recomendações, eu não criei uma lista com as melhores de 2010.
Mas nossas idéias mudam, e resolvi fazer o blog um pouco mais maleável para o ano que vem, com posts mais diversos, desde que estejam tratando de música, recomendações, etc.

Por isso esse ano encarei a ideia de fazer uma lista, e eis o top 5 das minhas músicas e álbuns internacionais favoritos de 2011! Ah, esse ano resolvi também que iria olhar com mais carinho para as produções nacionais, e estou conhecendo muita coisa boa. Para não abandonar o Brasilzão aqui no blog, eu, Gabriel Pozzi, convidei a queridíssima Gabriela Petrucci – do blog Psiquê Cotidiana – para montar um top 5 dos melhores álbuns nacionais de 2011.

Espero que gostem! Mandem nos comentários as SUAS favoritas! ^^


TOP 5 – OS MELHORES ÁLBUNS IN
TERNACIONAIS

5º – Death Cab for Cutie – Codes and Keys



4º – Bon Iver – Bon Iver


3º – Radiohead – The King of Limbs


2º – Foo Fighters – Wasting Light


1º – Cold War Kids – Mine is Yours

Dando aquela espiada nas listas de blogs bacanas, é engraçado notar como ninguém se lembrou de Cold War Kids. Será que o fato do terceiro álbum da banda ter saído em Janeiro fez com que se esquecessem deles pra montar a lista 11 meses depois? Ou será que só eu considerei o álbum fantástico a ponto de escolhê-lo como o melhor de 2011? A verdade é que Cold War Kids tem aquela fórmula encantadora de criar músicas que grudam na sua cabeça, sem que isso seja irritante ou desagradável. Pelo contrário, quando você se pega cantando alguma música deles há aquele momento “Oh, Cold War, que bom te ouvir de novo por aqui na minha mente”. Tudo que me fascinou no disco de estréia “Robbers and Cowards” esta em Mine is Yours, o meu álbum favorito de 2011!

É preciso deixar claro que vejo Wasting Light, do Foo Fighters, como o álbum mais influente do ano, afinal, Dave Grohl é uma espécie de soberano no rock dos dias de hoje, e quaisquer movimentos seus está sendo observado por todo o mundo, que aguardou, escutou e adorou o novo álbum do Foo Fighters. Um pouco impossível não gostar...

Quanto à Radiohead, eu tentei evitar, mas cá estão eles com The King of Limbs na terceira melhor posição. Bem, tentem ver pelo meu lado: é minha banda favorita, ouvi o álbum um milhão de vezes, adorei todas as músicas... Seria impossível deixá-los de fora dessa lista, com esse lindo disco quase-dubstep da banda!

Por fim, Bon Iver e Death Cab for Cutie fecham a lista. Ambos se assemelham em um sentido: criei fortes expectativas com os álbuns deles, e estas foram muito bem supridas. Bon Iver passou pelo desafio do segundo álbum com maestria, e sua obra homônima conquistou todos seus ouvintes com facilidade. E Death Cab for Cutie, com Codes and Keys, fez algo na linhagem de seus dois últimos álbuns, sem deixar pequenas inovações de lado, criando um álbum que repete a fórmula dos anteriores, sem se tornar mais do mesmo. Merecido quinto lugar.


TOP 5 – AS MELHORES MÚSICAS INTERNACIONAIS

5º – Death Cab for Cutie – You’re a Tourist



4º – Adele – Someone Like You



3º – Coldplay – Every Teardrop is a Waterfall



2º – Radiohead – Bloom



1º – Foster the People – Pumped Up Kicks


Dessa vez, não tem como disputar. Foster the People levou fácil esse primeiro lugar. Vale ressaltar que é muito difícil para uma banda que acabou de lançar seu primeiro álbum sair por aí estrelando na lista de melhores de vários blogs. Sim, não fui o único que coloquei Pumped Up Kicks no topo da lista. Mais do que estar em listas, o Foster the People está entre os mais premiados e cobiçados artistas para festivais e apresentações mundo afora. Vide nosso Brasilzão, que já sugou a banda para o Lollapalooza em abril do próximo ano. E o carro chefe desse sucesso é Pumped Up Kicks, que ficou entre as mais ouvidas do ano em diversos países tradicionais, como Estados Unidos e Inglaterra. Sem contar os inúmeros covers de artistas renomados, como The Kooks, Weezer, Panic! at the Disco...

Bloom, do Radiohead, é a única música desse top 5 que não foi escolhida como carro chefe para seu disco, mas posso garantir que ela é a mais incrível do cd! Apesar de The King of Limbs não ter sido uma unanimidade entre os fãs de Radiohead, Bloom foi vista por todos como uma das melhores composições da banda nos últimos anos.

E se o Coldplay resolveu assumir sua nova sonoridade, mais popularzinha, mais felizinha, mais guitarrinha e tudo mais, a gente tem que se adaptar a eles, certo? Bem, não é assim que todos pensam, mas foi olhando por esse ponto que eu deixei de rejeitar as inovações da banda de Chris Martin, e coloquei Every Teardrop is a Waterfall entre as melhores do ano. Eles podem não retomar aos clássicos dos dois primeiros álbuns, mas continuam com muita qualidade!

Adele cumpre um pouco de tabela, e mostra que não sou tão clubista assim com a galera indie (ou sou?). A verdade é que não consigo gostar de cantorar pops, de forma alguma, e Adele foi uma luz no fim do túnel, representando a única cantora pop que ganhou meu respeito nos últimos, sei lá, 20 anos? Fato é que Someone Like You toca em qualquer lugar que você vá, é bonita, agradável, merece estar figurando entre as melhores do ano.

Por fim, Death Cab for Cutie encerra a lista DE NOVO. Seu carro chefe, You Are a Tourist é de uma inspiração tremenda, desde o baixo até as guitarras agudas e marcantes, elevando o humor de quem a ouve, sem sombras de dúvida.

~~ com a palavra, Gabriela Petrucci!
Depois de muitos meses discutindo e apresentando bandas nacionais pro Pozzi, tive a honra de ser convidada para fazer um TOP 5 dos melhores discos de bandas independentes nacionais. Que fique claro que eu sou leiga e não entendo nadinha de música, mas tenho bom gosto.
Lá vamos nós:


TOP 5 – OS MELHORES ÁLBUNS NACIONAIS

5º – Los Porongas – O Segundo Depois do Silêncio


4º – Pélico – Que Isso Fique Entre Nós



3º – Cícero – Canções de Apartamento



2º – Apanhador Só – Acústico Sucateiro



1º – O Teatro Mágico – A Sociedade do Espetáculo


Como já sugere o título do álbum, referência à obra homônima de Guy Debord, este trabalho d’O Teatro Mágico traz muitas críticas sociais, mas sem perder o romantismo, é o caso, por exemplo, da música Fiz Uma Canção Pra Ela, que traz uma declaração de amor sem subjugar a mulher.
O disco traz, também, uma musicalidade diferente - que em primeiro momento pode soar até um pouco estranho aos que não estão acostumados – incorporando elementos de diversos estilos musicais, como o funk, no caso de O Novo Testamento, e música gaúcha, Canção da Terra, música que demonstra o apoio da trupe ao Movimento Sem Terra.

Seguindo a linha das musicalidades mais exóticas, o disco Acústico Sucateiro, da banda gaúcha Apanhador Só, traz versões acústicas do disco anterior, que leva o nome da banda. A ideia da banda é incorporar “instrumentos” caseiros, como sacola plástica, nas apresentações acústicas, que geralmente acontecem em lugares menores.

Enquanto o Acústico Sucateiro e A Sociedade do Espetáculo buscam uma musicalidade diferente através da apropriação de outros elementos, o cantor Pélico se diferencia pela simplicidade de suas canções, que são mais suaves e brincam com as palavras.

Em contraposição aos três álbuns já citados, Canções de Apartamento e O Segundo Depois do Silêncio trazem estilos mais tradicionais, o primeiro com uma bossa-nova cheia de influências, com músicas mais românticas. O segundo é um rock mais convencional, com letras que refletem sobre o silêncio, nos causando a impressão de que a banda procura preenchê-lo com sua música.