quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Aqualung - Brighter Than Sunshine


Nunca vou entender o motivo, mas no meio de 2009 uma música desconhecida se tornara uma febre entre meus amigos. Não era uma canção daquela época (mas sim de 2003), não havia aparecido na mídia (exceto em um filme de 2005), e ninguém conhecia o artista. Um foi conhecendo a música pelo outro, criando uma corrente de viciados, e provavelmente nunca saberei quem começou com isso. O que importa é que, 3 anos depois, estou dando um novo passo para continuar essa corrente de 2009. Não sei quantos vou atingir, mas estou passando adiante para vocês a excelente BRIGHTER THAN SUNSHINE, música do simpático AQUALUNG.

Matt Hales é um músico britânico que mantém uma dessas chamadas "bandas de um homem só". Já falamos aqui no blog do trabalho do Eric por trás do Say Hi to Your Mom, e agora podemos dar uma explorada no Aqualung do Matt.
Em 2002 Hales desistiu de sua banda que pouco fazia sucesso com o irmão, e criou o seu projeto solo que, ao que tudo indica, fez um grande sucesso nas paradas britânicas logo no seu disco de estreia, por ter a linda música Strange and Beautiful em um comercial do carro New Beetle (!). Mas Brighter Than Sunshine, a canção da corrente do vício, só viria a ser lançada um ano depois, no bem sucedido album Still Life.

A música é daquelas certeiras. Começa com um pianinho e frases que seguem o exato ritmo das notas do teclado. Da introdução a música vai direto pro refrão, desses que grudam na cabeça, e só escrevendo esse post que eu notei que ela é SÓ isso. Sim, porque depois desse refrão ela volta pro mesmo pianinho do começo, que emenda com um novo refrão, e o processo se repete mais uma vez até o final da música. Ah, mas não se deixe enganar, por mais que isso possa parecer simplista e repetitivo, não é átoa que eu só fui perceber isso hoje, depois de tanto tempo que ouço Brighter Than Sunshine. A verdade é que esses dois momentos da música são tão bons que não era necessário ao Aqualung se arriscar e inventar coisas novas no meio podendo estragar o que já tinha feito. Ele já tinha o suficiente. Dê o play e você irá perceber isso também!

E pra acompanhar a simplicidade da composição, uma letra nada complicada também. Depois de postar tantas músicas com letras intensas, onde raramente eu consigo entregar a vocês uma interpretação plausível pra tanta maluquice, é um alívio ver a letra de Brighter Than Sunshine. Aquela velha história da pessoa que acaba de se apaixonar, ela estava desiludida, de coração partido, achando que nunca iria achar o amor verdadeiro, quando PIMBA, seu amor estava lá brilhando mais do que a luz do sol! Sim, "pimba".

A todos os atingidos, passem a canção adiante! Vamos continuar com essa corrente do bem, na luta pela boa música!
E se por acaso a pessoa que começou com isso passar pelo meu blog, não se esqueça de me avisar! Estou louco pra saber de qual raio você tirou Aqualung.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Thirteen Senses - Saving


Ah, essa banda. Ah, essa música.

Acredito que hoje vai ser bem fácil tagarelar nesse post. Porque é uma daquelas vezes que eu falo da música com amor, sabe? Que eu tenho que me conter nos elogios para não estragar o texto. Dessas vezes que dá vontade de baixar um Vinicius de Moraes e sair proferindo palavras bonitas insanamente pra tentar passar todo o encanto que a música tem.
Vish, comecei.

Não é que eu não fale das outras músicas aqui no blog sem esse tal amor. Tanto que nem me considero um "críticozinho" de música: afinal, eu só posto sobre o que eu gosto! Mas algumas vezes é aquela recomendação do tipo "você gosta de bandas estranhas? ouça essa, é sensacional". Ou então "quer ficar bem humorado? ouça essa música". E a música de hoje, SAVING (do incrível Thirteen Senses), é aquela que eu só consigo falar "É linda, incrível, sensacional. Sério, ouça. Por quê? Porque ela é linda, incrível, sensacional, oras."

Ela é um pouco triste, é verdade, mas isso vocês já estão acostumados de ver aqui no Song Sweet Song. Não?

Bom, pra não ficar me repetindo, vamos comentar um pouco sobre a estrutura da música, que é um dos pontos chaves dela.
Saving se divide em três partes sonoras, segundo a minha percepção. São três momentos distintos, complementares e bonitos. O primeiro traz um violão acustico, que com uma boa combinação de acordes, nos traz uma bela melodia, dessas que nos jogam um pouco na fossa, mas também nos deixam calmos, em paz. Até aí, nada de mais. Se a música fosse apenas a primeira parte, seria bem comum, em verdade. Não deixaria de ser bonita, porém, o segundo momento é que faz ela ser especial. Will South, o vocalista, vai puxando seus versos como se eles se encaminhassem para um grande refrão, junto com o teclado e a guitarra que vão crescendo. No entanto, o que entra é um solo de guitarra ESPETACULAR, que praticamente canta sozinho. Não, não estamos falando desses ótimos e barulhentos solos de rock n' roll, mas sim de um solo melancolico, que se encaixaria na trilha de qualquer filme naquele momento em que o personagem se sente desolado, arremessando-nos contra a parede, estapeando nossas faces, que deslumbradas de tanta maravilha, florescem na brisa de um.......

Tudo bem, eu entendi, eu entendi. Essa é a hora que eu paro de falar e paro, também, de tentar incorporar qualquer poeta que esteja sobrevoando minha casa nesse momento (que horror).
Mas vocês entenderam que eu gosto desse solo, não é? Ok.

Por fim, depois que a guitarra te derrubou pra todos os lados do seu quarto, a música vai abaixando, e começa o terceiro momento, um solo de teclado, afinal, eles precisam demonstrar que são primorosos no violão, na guitarra e no piano, não é? Esnobes.

Essa canção faz parte da provável melhor tríade da história da música indie-desconhecida: Gone / The Salt Wound Routine / Saving. Todas do Thirteen Senses, todas do mesmo cd (The Invitation), todas devidamente postadas e comentadas aqui no blog.
Ouçam as três em seguidas e digam se eu to errado.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Weezer - Buddy Holly


Dia de clássico no Song Sweet Song!

Senhoras e senhores: Weezer!
Já fiz um razoável post falando sobre esses rapazes para vocês, embora eles dispensem apresentações. Aliás, tenho uma teoria, mais do que conhecer, creio que algum dia da vida todo mundo merece se tornar viciado em Weezer. Nem que isso passe em quatro, cinco meses. Por um breve período, todos precisam cantar alto todas as músicas junto com Rivers Cuomo.

Certo, não precisa cantar necessariamente todas, afinal, nos últimos anos o Weezer tem lançado um álbum por ano praticamente, e infelizmente, com qualidade bem contestada pelos críticos (vou pular fora dessa discussão porque confesso não ter acompanhado a banda nessas últimas façanhas). Mas os clássicos... ah, os clássicos. Esses merecem atenção.
Por isso que falaremos hoje da possível mais querida música deles: BUDDY HOLLY!

Do começo ao fim, essa música tem algo cativante. Eu, mesmo improvisando elogios e explicações aqui há uns 70 posts, não saberia dizer o que exatamente consegue nos pegar nela. Mas posso dizer que a guitarra dela é meu elemento favorito! Parece que cada nota dela se encaixa, seja o riff, ou a cadenciada depois de cada verso, ou o solo... Tem algo de empolgante, algo que nos anima, e consegue pegar exatamente o espírito da letra, que se encaixa entre uma revolta e uma declaração de amor! Vou explicar.

Rivers compôs essa canção se baseando em um relacionamento que ele teve com uma garota chinesa no ensino médio, e aparentemente essa garota sofria um sério preconceito pela sua nacionalidade (o tão conhecido Bully). Por isso, o clima de revolta da música quando Rivers demonstra não compreender a atitude dos valentões que insistiam em perseguir sua garota. Já a parte da declaração fica por conta de frases do tipo "Você sabe que eu sou seu, e eu sei que você é minha, e isso é o que importa"! O refrão também se inclui nessa parte, porém, ele é um pouco mais misterioso.

É dito "Eu pareço o Buddy Holly / e você é a Mary Tyler Moore / eu não me importo com o que eles dizem sobre a gente". Bem... Eu pesquisei bastante, e até agora não encontrei nada sólido sobre essas referências. Como se sabe, Buddy Holly foi um cantor importante dos anos 50, tal como Mary Tyler Moore foi uma famosa atriz da época. Talvez seja uma comparação para mostrar que eles eram bem diferentes entre si. Mas eu gostei mesmo da teoria que diz que Rivers só escolheu o Buddy Holly porque ele aparentava ser extremamente nerd, como ele! :D

Por fim, uma curiosidade: Buddy Holly só foi inclusa no cd de estreia do Weezer depois de muita insistência de pessoas que tiveram contato com a demo da música. A banda não estava disposta a lançar a canção oficialmente. Já pensou?

Buddy Holly

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Death Cab for Cutie - Soul Meets Body



Uma melodia suave elevando-se através da minha atmosfera.

Você deve estar pensando que eu me esforcei muito para criar essa frase acima, que provavelmente define a música que estou trazendo a vocês no post de hoje. Mas você está enganado! Meu esforço foi apenas o de traduzir a frase final da própria música, que não deixa de defini-la, como você deve perceber ao apertar o botão play! Sim, meus queridos leitores... Death Cab for Cutie novamente! :D

Como sabem, meu humilde blog tenta trazer recomendações musicais bacanas para vocês, mas hoje confesso que, se tivesse que apontar uma música do Death Cab para quem nunca os ouviu, não jogaria SOUL MEETS BODY! Não porque ela é desse tipo de música que não traz um encanto imediato pela banda, pelo contrário, creio que ela funciona bastante nesse sentido, mas sim porque eu a vejo como uma canção diferente das outras feitas por eles. Entenda meu ponto: Death Cab possui um som bem característico, com muita identidade, logo, se é pra recomendar uma música que sintetiza o estilo da banda, eu não mandaria uma que eu considero um pouco diferente, certo? Então, se você é novo no Song Sweet Song, e nunca ouviu falar de Death Cab, não se preocupe... Porque eu já falei muitas vezes deles aqui hehe Recomendo-lhe A Lack of Color, Title and Registration ou Marching Bands of Manhatan!

Continuando apenas pra quem já conhece a banda (mentira, quem não conhece não é proibido de ler a continuação). Vejo no instrumental de Soul Meets Body uma inspiração e uma pegada do R.E.M., banda consagradissíma do cenário musical dos anos 90, que acabou recentemente. Creio que são as batidas do violão, ou esse teclado um pouco sintético, que anima a música ao mesmo tempo que a carrega para uma atmosfera superior (opa, caí na frase inicial).

Preciso dizer que minha parte favorita é quando Ben Gibbard, o vocalista, rasga a música com o refrão "I do believe its true"...
Minto! Aquele momento em que se canta "pa pa pa pa pa" é contagiante, gruda na cabeça; ouviu a música duas vezes, já pegou. Essa parte é minha favorita!
Não, engano meu! É impossível não adorar o momento em que eles esticam a frase "Where Soul Meets Bodyyyyy", e cantam repetidamente juntos, uma frase cortando a outra! Essa parte é minha fav...

TUDO BEM, juro que parei de procurar a melhor parte! Ao menos você pôde perceber o motivo dessa música ter sido selecionada pro blog, não é mesmo? ;)


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ps: abandonei o blog por um tempinho, me desculpem, mas ja voltei, e evitarei isso ao máximo haha
ps2: Ruvila,  você é a única música que eu quero ouvir, uma melodia suave elev........

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Teenage Dreams



Dia 25 de Abril de 2012. A banda americana Nada Surf colocava fogo em uma noite fria de São Paulo.

Esse texto provavelmente se chamaria Daniel Lorca, e seria um tributo ao baixista-figuraça do Nada Surf. Isso porque como dito no post anterior, eu iria presenciá-lo no show de sua banda. E lá fui eu, com minha namorada, ser o primeiro da fila do Cine Joia, a ainda-nova casa de shows que fica próxima à Av. Liberdade. Eu não gosto muito da ideia de fazer resenhas, mas durante o show estava amadurecendo ideias para esse post. Assim como no texto sobre o show do Kings of Convenience, queria fugir do usual, e resolvi que o tema seria o baixista da banda. Afinal, era um destaque de fato: tocava com uma vitalidade e energia única, conversava com o público sem o microfone, fazia diversas poses roqueiras enquanto tocava, e em momentos épicos, colocava um cigarrinho na boca durante a música, lembrando muito o Slash em sua fase áurea.
Sim, esse seria o meu post. Porém, veio o bis do Nada Surf. E daí pra frente, tudo mudou.

Primeiro, alguns fatos. Minha música favorita da banda é Popular, que não átoa, tem um post dedicado a ela nesse humilde blog. A música favorita da minha namorada é I Like What You Say. Em shows, raramente eles tocam Popular, por ser muito antiga, hit saturado, essas coisas. I Like What You Say, por sua vez, eles nunca tocam.
Quando a banda saiu pro bis, depois de um show bem animado, eu já tinha me conformado com a ausência de minha favorita na setlist. Mas minha namorada não. Sacou uma placa da bolsa, e pediu pra eu segurar, já que estávamos bem na cara de Matthew Caws, o mega-simpático-vocalista da banda. Caws voltou pro palco, e se dirigiu até a gente, agachando e afastando um pouco a placa que pedia I Like What You Say, dizendo pra nós algo como "olha, não vamos tocar essa música agora, mas depois do show eu posso tocar uma versão acustica pra vocês, ok?". Ficamos congelados, lembro-me de ter agradecido, e ele seguiu seu show.

Naquele momento eu já estava bem feliz, embora tivesse claro na minha cabeça que essa história de "tocar pra vocês depois do show" poderia ser mais algo que se fala da boca pra fora, do que uma promessa. Voltei minha atenção para o show.
E que bis fantástico! Talvez o melhor que eu já assisti. Muito em função de terem sido quatro músicas animadas pro público esgotar toda aquela energia que ainda restava no fim da noite, pulando e se esgoelando. Mas o principal, obviamente, veio nos primeiros acordes e dedilhados de... adivinhem? POPULAR, sim, eles tocaram minha favorita, para o meu êxtase espiritual!

Fim de show, aquela sensação já conhecida de "grande noite" com "gosto de quero mais" e "melancolia por ter acabado". Mas não tinha acabado. Notei uma movimentação diferente atrás de mim, uma galera se aglomerando, e quando vejo, SIM, Matthew Caws tinha saído por uma porta oculta e estava com um violão na mão tirando foto com todo mundo. Um violão na mão.......
Por mais inacreditável que parecia, era uma promessa. Matthew tocou I Like What You Say para os felizardos que não foram embora correndo do show. Devido ao pedido da minha namorada, ao nosso pedido. De quebra, conseguimos fotos e autógrafos com ele! Fãs realizados, como acontecem nos nossos sonhos adolescentes...

Desculpe, Daniel Lorca... Mas você perdeu seu post-tributo depois disso tudo!






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ps1: todas fotos do post foram tiradas por mim :)
ps2: desculpem se o texto saiu muito grande e muito pessoal, mas eu precisava de um registro disso tudo antes que as coisas comecem a escapar da minha memória
ps3: acessem as versões dos fatos contados pela minha namorada, no blog dela: Miniature Disasters

sábado, 31 de março de 2012

Nada Surf - Your Legs Grow


Em dez dias teremos no Brasil o lindo show da banda de rock alternativo Nada Surf. Eu estarei lá! Mas quando digo isso com orgulho pra todo mundo, 99% olha pra mim com aquela cara de... NADA WHO?

Mas vamos fazer justiça... Quem acompanha meu blog (quem?) já deve conhecer Nada Surf, caso tenha lido o post sobre a música Popular! Supondo que não tenham lido, eis mais uma oportunidade de curtir os caras. Apresento a vocês YOUR LEGS GROW, uma canção que podemos chamar de "romântica". Em verdade, se comparar com Popular, conseguirão notar uma diferença bacana de sonoridade! Temos um exemplo de uma música de revolta adolescente e uma música apaixonada, variedade sonora que é importante pra uma banda, ainda mais com seus 20 anos de carreira. ‘Mudar pra não ser repetitivo e conseguir manter uma identidade’ é uma das tarefas mais difíceis para a maioria das bandas! Vejam Arctic Monkeys, a diferença entre os dois primeiros álbuns para os dois últimos foi tão grande a ponto das pessoas precisarem definir se são fãs da época inicial ou da época atual deles! Mas junto com outras bandas como Muse, Radiohead, Incubus, (...), Nada Surf não passa por esse problema.

A propósito, encontrar um problema no Nada Surf é uma tarefa complicada. A banda não tem como destaque uma primorosidade técnica ou inovação e originalidade que possam ser marcantes, mas tem esse detalhe de ser cativante, viciante e fazer com que você não consiga encontrar um defeito pra dizer "pena que eles.....". Você começa ouvindo um álbum deles, logo já está engolindo outro e querendo conhecer toda sua discografia de seis (ou sete, se considerar um específico para covers) discos. Eu recomendaria começar pelo terceiro álbum, Let Go, embora eu mesmo tenha começado por The Weight is a Gift, álbum de produção assinada pelo grande Chris Walla (guitarrista do Death Cab for Cutie), e que contém a música Your Legs Grow.

E já que falei pouco da música recomendada do dia, vamos a ela. A melodia traz um sentimento de que ela explodirá a qualquer momento. É praticamente acústica, e depois do segundo refrão parece que a bateria entrará energizando o resto da canção. Mas não, ela se contém, e continua como uma declaração de amor tocada diante de uma janela. É complicado falar de sua letra, pois vejo que é uma das canções mais pessoais do Nada Surf, mas você consegue captar a mensagem de que não importa o quão difícil a situação esteja, o relacionamento citado na história é capaz de superar tudo. E claro, deve se considerar a frase mais bacana da música: "You're the only person in the world I feel that way about" :)

Em breve voltarei a falar do Nada Surf para dar uma comentada sobre o show em sampa. A banda toca no Cine Jóia no dia 25 de abril. Creio que os ingressos ainda não se esgotaram, quem quiser dar uma corridinha......

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*Na minha segunda semana de namoro eu comentei com minha namorada que queria ouvir esse tal de "Nada Surf". Ela disse que queria tbm, e combinamos de escutar juntos. Desde então Nada Surf meio que se tornou nossa banda. E agora iremos pela primeira vez juntos em um show, logo pra ver nossa banda! Esse post é pra você, amor! você é a única pessoa no mundo pela qual eu sinto isso :)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Arctic Monkeys - I Bet You Look Good on the Dancefloor


Já é um clássico do indie rock. Sim?

Tudo bem, vocês estão certo, talvez a palavra clássico seja forte demais para qualquer música dos anos 2000, afinal, precisamos de um bom tempo para determinar se algo é um clássico ou não. Mas vamos considerar que ao citar as bandas mais importantes para o indie rock, é impossível não passar por Arctic Monkeys (talvez Strokes seja a mais citada, mas a banda de Alex Turner deve vir logo em seguida). E se Arctic Monkeys tem essa importância toda, temos que considerar quais foram os hits da banda que a levaram para o patamar assumido hoje. Eu posso estar bem enganado, mas para mim, a música mais famosa - e por que não - importante da história dos macaquitos é I BET YOU LOOK GOOD ON THE DANCEFLOOR.

Na única vez que falei de Arctic Monkeys aqui foi de outro clas....grande trabalho deles, a não menos importante Fluorescent Adolescent... No entanto, creio que deveria ter começado por I Bet You Look Good on the Dancefloor, tanto por fazer parte do primeiro álbum deles, quanto por ser uma música completa! Sim, ela tem de tudo, não é átoa que apresentou da melhor forma possível o Arctic ao mundo. Tem uma entrada marcante com a guitarra, um vocal rápido e roqueiro, segundas vozes muito apropriadas ("you are dinamyte!"), um refrão matador (daqueles que fazem você voltar umas dez vezes até conseguir cantá-lo junto com o vocalista), e por fim, não deixa de lado a proposta de ser dançante como sugere o título, mesmo sendo inteira baseada em riffs de guitarra. Rock para dançar.

Ah, claro, em uma música completa a letra também é levada em conta, e nessa canção temos uma letra bem elaborada, repleta de referências a outras obras, às vezes até difíceis de capturar. Por exemplo, a frase "Seu nome não é Rio, mas eu não me importo com areia" remete a uma música do Duran Duran que conta sobre uma excêntrica garota chamada Rio que dança na areia. No refrão há referência ao livro 1984, de George Orwell, onde é dito que a garota se parece um robô de 1984. Isso porque no livro se diz que no futuro as pessoas não terão mais amor no coração, como os robôs. A falta de amor é um tema decorrente da música em si.

Se apenas o tempo dirá se esta música é um clássico ou não, melhor a gente gastá-lo da melhor forma possível, portanto! Quem sabe dançando um pouco de rock pra lavar a alma?!

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ps: essa é dedicada para minha amiga Gabê! She's dinamyte!