segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

TOP 5 - Os Melhores de 2012

Ahá.
Ano passado resolvi cair em tentação e fazer uma listinha simples das minhas 5 faixas e albuns favoritos do ano. Estamos aqui hoje para a segunda edição dessa pequena seleção.
Importante a se dizer: Não ouvi um milhão de albuns esse ano, sei que existe muita coisa boa ou melhor rolando por aí, essas escolhas são dentre aquilo que ouvi e gostei, e por isso podem ser tão diferente das listas de blogs especializados. Por exemplo, muitos colocaram Tame Impala entre os melhores desse ano. Por não ter gostado tanto do primeiro álbum, deixei de ouvir esse segundo que tanto fez barulho, e por isso não está aqui. Mas o bom dessas listas é isso, me fez pensar em dar uma segunda chance pra eles no ano que vem haha Espero que vocês deem algumas chances ao que postarei aqui. Go Go Go!
 
TOP 5 - OS MELHORES ÁLBUNS INTERNACIONAIS

5º Muse - The 2nd Law



4º The Shins - Ports of Morrow



3º Sigur Rós - Valtari



2º Nada Surf - The Stars are Indifferent to Astronomy



1º The xx - Coexist


 Bem, eu já tinha esse blog, mas não fazia esse tipo de lista em 2009. Porque se eu fizesse, sem dúvida o álbum de estreia do The xx em 2009 brigaria pela primeira posição. Desse álbum surgiu uma das melhores músicas do século XXI, Crystalized. Exagero? Não sei. Mas é quase de comum acordo que essa banda invadiu o cenário musical destruindo com seu som hipnotizante, e que a expectativa pro segundo álbum era imensa. Seria um desafio e tanto para a banda não frustrar os ouvintes que aguardavam ansiosamente um material tão bom quanto o da estréia. Se eles conseguiram? Bem, creio que ao escolher Coexist como melhor álbum de 2012 eu já estou deixando bem claro minha opinião. Voa, xx!

E pra consagrar o ano do Nada Surf em minha vida, não poderia deixar de entregá-los a honrosa posição de vice-melhor álbum. Esta é minha vingança para todas as listas que colocam nas melhores posições os cds que não ouvi. Quero saber: quem ouviu essa maravilha do Nada Surf? Poucos, eu sei. Se você ainda não conhece a banda, corra filho, eles tem tudo de bom dos anos 90 em suas músicas, desde os rockzinhos agitados às baladinhas emocionantes... Claro que tudo isso está também em The Stars are Indifferent to Astronomy, pra ninguém botar defeito.

No terceiro lugar, uma vaga pra essa banda de outro planeta. Mais uma vez, Sigur Rós lança um desses álbuns repletos de melodias esquisitamentes lindas. Seguindo os passos do penúltimo álbum, as canções estão até um pouco mais acessíveis, porém ainda contam com aquela poesia intrínseca que não agrada os desavisados. Mas pra quem sempre está nessa vibe melancolica e artística, Valtari siurge como mais uma obra prima para desfrutar com gosto.

Olha só! Os simpáticos americanos do The Shins abocanharam uma vaguinha entre os melhores do ano também! Confesso que eu já tinha abandonado The Shins em minha vida. É verdade. Estava um pouco enjoado, sem ficar com nenhuma música deles mais na cabeça como nos velhos tempos, raramente ficava com vontade de dar play neles, quando chegou 2012, e veio Ports of Morrow para reviver toda minha admiração por eles! Talvez esse álbum tenha funcionado bem comigo porque ouvi sem expectativas, e fui surpreendido com muita coisa boa. Então vou parar de falar bem pra vocês gostarem tanto quanto eu desse ótimo lançamento.

Por fim, Muse. Figura carimbada nesse blog e no mundo musical da atualidade em si. Já há quem diga que são a segunda maior banda em atividade do planeta, atrás de U2. Mas não quero entrar nessa polêmica, nem de longe, só quero deixar claro que achei o novo álbum deles sensacional, como sempre, e que fiquei surpreso com o fato deles terem sido ignorados nas listas de melhores de muitos blogs. Tudo bem, aparentemente não é o mais inspirado cd do Muse, eu mesmo não o elegeria entre os melhores deles, mas isso não quer dizer que não seja mais um trabalho brilhante do trio. The 2nd Law merece destaque, sim senhor!

TOP 5 AS MELHORES MÚSICAS INTERNACIONAIS

5º The Magnetic Fields - Andrew in Drag



4º Lana Del Rey - Video Games



3º Fun. - We Are Young



2º The xx - Chained



1º The Shins - Simple Song



Fato interessante: Quando escrevi sobre a música Caring is Creepy do The Shins, deixei claro: "até hoje não encontrei nenhuma outra deles que eu goste tanto quanto esta". Pois bem, além de entregarem um dos melhores álbuns do ano, a banda finalmente trouxe uma música que gosto tanto quanto a primeira citada: Simple Song. Com um clipe adorável, me viciei rápido nessa música, no tecladinho dela, e creio que o The Shins acertou em cheio ao colocá-la como carro-chefe para a divulgação do álbum. Pra mim, a música do ano.

E claro que eu escolheria um representante do álbum do ano pra ilustrar entre as melhores músicas, sim? Chained do xx é lindaça, envolvente, e tal como Crystalized, traduz bem como é a banda, e explica o porque deles estarem fazendo tanto sucesso nos festivais e rádios do mundo inteiro. Prata justificadíssima.

Eita! O SongSweetSong é pop! Fun surgiu em 2012 como uma febre, principalmente por suas duas primeiras músicas divulgadas, We Are Young e Some Nights. São uma dessas bandas indies com cara de pop, ou pop com cara de indie, como preferir (tipo Onerepublic, The Script). Estatisticamente, We Are Young (parceria da banda com a hype de 2010 Janelle Monáe) poderia ser facilmente a música de 2012 (mentira, nesses critérios ficaríamos com Gangnan Style), toca em tudo quanto é lugar, e mesmo que você não saiba o nome, já deve te-la ouvido alguma vez. A maioria dos blogs ignoram esse tipo de pop, por um motivo ou outro. Como eu gosto muito da música, um bronze merecido!

Será que é tradição? O quarto lugar do ano passado deixei com a cantora Adele, meio pop/meio alternativa, e esse ano fica com uma música de... Lana Del Rey! Sim, a moça que encantou muita gente é literalmente um desses casos de "não é apenas um rostinho bonito". Entre tantas querendo aparecer com bizarrices e coisas desnecessárias, Lana se destacou com sua música, e pra mim Video Games é linda o suficiente para merecer estar entre as melhores do ano. Um tecladinho e um clima de música antiga, uma baladinha e tanto.

Para encerrar, não me perguntem, pois eu não faço nem ideia de como conheci Andrew in Drag do Magnetic Fields. Aliás, eu nunca tinha ouvido nem mesmo uma música da banda antes dessa. Só sei que depois de conhecer, fiquei um bom tempo viciado cantando por aí Andrew in Drag. Em voz baixa, claro, pra nenhum gringo achar que eu to falando sério. A música, divertidíssima, repete com frequência: "The only girl i ever loved was Andrew in drag". Afinadíssima! Apesar de ter cara de piada, pra mim é realmente uma das melhores do ano, tenho certeza que vocês irão curtir!

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A todos os leitores, feliz 2013, obrigado por gastarem um pouco do tempo de vocês lendo meu blog!
Esse ano não tivemos o top nacional pois minha queridissima amiga Gabriela Petrucci teve problemas pessoais e não pode participar!
Mas se vocês quiserem montar um top5 aí nos comentários seria bacanudo!

Um abraço a todos!
G.Pozzi

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Indie Summer - A Mixtape!

Fim de ano nesse país tropical e o verão surge na nossa vida, com esse irritante calor que dá brechas a viagens, mergulhos em piscinas, sorvetes derretidos e muitas reclamações no facebook.

Nós da equipe Song Sweet Song (mentira, eu faço esse blog sozinho) decidimos que o verão também é uma boa oportunidade para... uma nova mixtape no blog!


Sim, ladies and gentlemen, a pedidos de muitos (umas três pessoas), após o aparente sucesso de mixtape Carnaval Hipster de fevereiro, tenho a honra de apresentar a segunda coletânea de músicas bacanas da existência desse blog: INDIE SUMMER.

Enquanto a primeira trazia musiquetas felizes, essa traz aquelas com sol no nome. haha

Curte então:

Indie Summer by Gabriel Pozzi on Grooveshark
Comentários adicionais:
- Sei que Beatles e Nirvana não costumam ilustrar coletâneas de músicas indies, mas achei honroso abrir e fechar com essas bandas lendárias.
- Adoro a profundidade da letra da música do Caribou, perfeita para essa mixtape.
- Conhece mais músicas dessa galera alternativa sobre o Sol? Diz aí nos comentários, pra ela quem sabe entrar na mixtape de 2013 hahaha Aproveitem e me deem sugestões sobre qual época do ano eu posso lançar uma sobre a Lua.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Aqualung - Brighter Than Sunshine


Nunca vou entender o motivo, mas no meio de 2009 uma música desconhecida se tornara uma febre entre meus amigos. Não era uma canção daquela época (mas sim de 2003), não havia aparecido na mídia (exceto em um filme de 2005), e ninguém conhecia o artista. Um foi conhecendo a música pelo outro, criando uma corrente de viciados, e provavelmente nunca saberei quem começou com isso. O que importa é que, 3 anos depois, estou dando um novo passo para continuar essa corrente de 2009. Não sei quantos vou atingir, mas estou passando adiante para vocês a excelente BRIGHTER THAN SUNSHINE, música do simpático AQUALUNG.

Matt Hales é um músico britânico que mantém uma dessas chamadas "bandas de um homem só". Já falamos aqui no blog do trabalho do Eric por trás do Say Hi to Your Mom, e agora podemos dar uma explorada no Aqualung do Matt.
Em 2002 Hales desistiu de sua banda que pouco fazia sucesso com o irmão, e criou o seu projeto solo que, ao que tudo indica, fez um grande sucesso nas paradas britânicas logo no seu disco de estreia, por ter a linda música Strange and Beautiful em um comercial do carro New Beetle (!). Mas Brighter Than Sunshine, a canção da corrente do vício, só viria a ser lançada um ano depois, no bem sucedido album Still Life.

A música é daquelas certeiras. Começa com um pianinho e frases que seguem o exato ritmo das notas do teclado. Da introdução a música vai direto pro refrão, desses que grudam na cabeça, e só escrevendo esse post que eu notei que ela é SÓ isso. Sim, porque depois desse refrão ela volta pro mesmo pianinho do começo, que emenda com um novo refrão, e o processo se repete mais uma vez até o final da música. Ah, mas não se deixe enganar, por mais que isso possa parecer simplista e repetitivo, não é átoa que eu só fui perceber isso hoje, depois de tanto tempo que ouço Brighter Than Sunshine. A verdade é que esses dois momentos da música são tão bons que não era necessário ao Aqualung se arriscar e inventar coisas novas no meio podendo estragar o que já tinha feito. Ele já tinha o suficiente. Dê o play e você irá perceber isso também!

E pra acompanhar a simplicidade da composição, uma letra nada complicada também. Depois de postar tantas músicas com letras intensas, onde raramente eu consigo entregar a vocês uma interpretação plausível pra tanta maluquice, é um alívio ver a letra de Brighter Than Sunshine. Aquela velha história da pessoa que acaba de se apaixonar, ela estava desiludida, de coração partido, achando que nunca iria achar o amor verdadeiro, quando PIMBA, seu amor estava lá brilhando mais do que a luz do sol! Sim, "pimba".

A todos os atingidos, passem a canção adiante! Vamos continuar com essa corrente do bem, na luta pela boa música!
E se por acaso a pessoa que começou com isso passar pelo meu blog, não se esqueça de me avisar! Estou louco pra saber de qual raio você tirou Aqualung.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Thirteen Senses - Saving


Ah, essa banda. Ah, essa música.

Acredito que hoje vai ser bem fácil tagarelar nesse post. Porque é uma daquelas vezes que eu falo da música com amor, sabe? Que eu tenho que me conter nos elogios para não estragar o texto. Dessas vezes que dá vontade de baixar um Vinicius de Moraes e sair proferindo palavras bonitas insanamente pra tentar passar todo o encanto que a música tem.
Vish, comecei.

Não é que eu não fale das outras músicas aqui no blog sem esse tal amor. Tanto que nem me considero um "críticozinho" de música: afinal, eu só posto sobre o que eu gosto! Mas algumas vezes é aquela recomendação do tipo "você gosta de bandas estranhas? ouça essa, é sensacional". Ou então "quer ficar bem humorado? ouça essa música". E a música de hoje, SAVING (do incrível Thirteen Senses), é aquela que eu só consigo falar "É linda, incrível, sensacional. Sério, ouça. Por quê? Porque ela é linda, incrível, sensacional, oras."

Ela é um pouco triste, é verdade, mas isso vocês já estão acostumados de ver aqui no Song Sweet Song. Não?

Bom, pra não ficar me repetindo, vamos comentar um pouco sobre a estrutura da música, que é um dos pontos chaves dela.
Saving se divide em três partes sonoras, segundo a minha percepção. São três momentos distintos, complementares e bonitos. O primeiro traz um violão acustico, que com uma boa combinação de acordes, nos traz uma bela melodia, dessas que nos jogam um pouco na fossa, mas também nos deixam calmos, em paz. Até aí, nada de mais. Se a música fosse apenas a primeira parte, seria bem comum, em verdade. Não deixaria de ser bonita, porém, o segundo momento é que faz ela ser especial. Will South, o vocalista, vai puxando seus versos como se eles se encaminhassem para um grande refrão, junto com o teclado e a guitarra que vão crescendo. No entanto, o que entra é um solo de guitarra ESPETACULAR, que praticamente canta sozinho. Não, não estamos falando desses ótimos e barulhentos solos de rock n' roll, mas sim de um solo melancolico, que se encaixaria na trilha de qualquer filme naquele momento em que o personagem se sente desolado, arremessando-nos contra a parede, estapeando nossas faces, que deslumbradas de tanta maravilha, florescem na brisa de um.......

Tudo bem, eu entendi, eu entendi. Essa é a hora que eu paro de falar e paro, também, de tentar incorporar qualquer poeta que esteja sobrevoando minha casa nesse momento (que horror).
Mas vocês entenderam que eu gosto desse solo, não é? Ok.

Por fim, depois que a guitarra te derrubou pra todos os lados do seu quarto, a música vai abaixando, e começa o terceiro momento, um solo de teclado, afinal, eles precisam demonstrar que são primorosos no violão, na guitarra e no piano, não é? Esnobes.

Essa canção faz parte da provável melhor tríade da história da música indie-desconhecida: Gone / The Salt Wound Routine / Saving. Todas do Thirteen Senses, todas do mesmo cd (The Invitation), todas devidamente postadas e comentadas aqui no blog.
Ouçam as três em seguidas e digam se eu to errado.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Weezer - Buddy Holly


Dia de clássico no Song Sweet Song!

Senhoras e senhores: Weezer!
Já fiz um razoável post falando sobre esses rapazes para vocês, embora eles dispensem apresentações. Aliás, tenho uma teoria, mais do que conhecer, creio que algum dia da vida todo mundo merece se tornar viciado em Weezer. Nem que isso passe em quatro, cinco meses. Por um breve período, todos precisam cantar alto todas as músicas junto com Rivers Cuomo.

Certo, não precisa cantar necessariamente todas, afinal, nos últimos anos o Weezer tem lançado um álbum por ano praticamente, e infelizmente, com qualidade bem contestada pelos críticos (vou pular fora dessa discussão porque confesso não ter acompanhado a banda nessas últimas façanhas). Mas os clássicos... ah, os clássicos. Esses merecem atenção.
Por isso que falaremos hoje da possível mais querida música deles: BUDDY HOLLY!

Do começo ao fim, essa música tem algo cativante. Eu, mesmo improvisando elogios e explicações aqui há uns 70 posts, não saberia dizer o que exatamente consegue nos pegar nela. Mas posso dizer que a guitarra dela é meu elemento favorito! Parece que cada nota dela se encaixa, seja o riff, ou a cadenciada depois de cada verso, ou o solo... Tem algo de empolgante, algo que nos anima, e consegue pegar exatamente o espírito da letra, que se encaixa entre uma revolta e uma declaração de amor! Vou explicar.

Rivers compôs essa canção se baseando em um relacionamento que ele teve com uma garota chinesa no ensino médio, e aparentemente essa garota sofria um sério preconceito pela sua nacionalidade (o tão conhecido Bully). Por isso, o clima de revolta da música quando Rivers demonstra não compreender a atitude dos valentões que insistiam em perseguir sua garota. Já a parte da declaração fica por conta de frases do tipo "Você sabe que eu sou seu, e eu sei que você é minha, e isso é o que importa"! O refrão também se inclui nessa parte, porém, ele é um pouco mais misterioso.

É dito "Eu pareço o Buddy Holly / e você é a Mary Tyler Moore / eu não me importo com o que eles dizem sobre a gente". Bem... Eu pesquisei bastante, e até agora não encontrei nada sólido sobre essas referências. Como se sabe, Buddy Holly foi um cantor importante dos anos 50, tal como Mary Tyler Moore foi uma famosa atriz da época. Talvez seja uma comparação para mostrar que eles eram bem diferentes entre si. Mas eu gostei mesmo da teoria que diz que Rivers só escolheu o Buddy Holly porque ele aparentava ser extremamente nerd, como ele! :D

Por fim, uma curiosidade: Buddy Holly só foi inclusa no cd de estreia do Weezer depois de muita insistência de pessoas que tiveram contato com a demo da música. A banda não estava disposta a lançar a canção oficialmente. Já pensou?

Buddy Holly

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Death Cab for Cutie - Soul Meets Body



Uma melodia suave elevando-se através da minha atmosfera.

Você deve estar pensando que eu me esforcei muito para criar essa frase acima, que provavelmente define a música que estou trazendo a vocês no post de hoje. Mas você está enganado! Meu esforço foi apenas o de traduzir a frase final da própria música, que não deixa de defini-la, como você deve perceber ao apertar o botão play! Sim, meus queridos leitores... Death Cab for Cutie novamente! :D

Como sabem, meu humilde blog tenta trazer recomendações musicais bacanas para vocês, mas hoje confesso que, se tivesse que apontar uma música do Death Cab para quem nunca os ouviu, não jogaria SOUL MEETS BODY! Não porque ela é desse tipo de música que não traz um encanto imediato pela banda, pelo contrário, creio que ela funciona bastante nesse sentido, mas sim porque eu a vejo como uma canção diferente das outras feitas por eles. Entenda meu ponto: Death Cab possui um som bem característico, com muita identidade, logo, se é pra recomendar uma música que sintetiza o estilo da banda, eu não mandaria uma que eu considero um pouco diferente, certo? Então, se você é novo no Song Sweet Song, e nunca ouviu falar de Death Cab, não se preocupe... Porque eu já falei muitas vezes deles aqui hehe Recomendo-lhe A Lack of Color, Title and Registration ou Marching Bands of Manhatan!

Continuando apenas pra quem já conhece a banda (mentira, quem não conhece não é proibido de ler a continuação). Vejo no instrumental de Soul Meets Body uma inspiração e uma pegada do R.E.M., banda consagradissíma do cenário musical dos anos 90, que acabou recentemente. Creio que são as batidas do violão, ou esse teclado um pouco sintético, que anima a música ao mesmo tempo que a carrega para uma atmosfera superior (opa, caí na frase inicial).

Preciso dizer que minha parte favorita é quando Ben Gibbard, o vocalista, rasga a música com o refrão "I do believe its true"...
Minto! Aquele momento em que se canta "pa pa pa pa pa" é contagiante, gruda na cabeça; ouviu a música duas vezes, já pegou. Essa parte é minha favorita!
Não, engano meu! É impossível não adorar o momento em que eles esticam a frase "Where Soul Meets Bodyyyyy", e cantam repetidamente juntos, uma frase cortando a outra! Essa parte é minha fav...

TUDO BEM, juro que parei de procurar a melhor parte! Ao menos você pôde perceber o motivo dessa música ter sido selecionada pro blog, não é mesmo? ;)


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ps: abandonei o blog por um tempinho, me desculpem, mas ja voltei, e evitarei isso ao máximo haha
ps2: Ruvila,  você é a única música que eu quero ouvir, uma melodia suave elev........

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Teenage Dreams



Dia 25 de Abril de 2012. A banda americana Nada Surf colocava fogo em uma noite fria de São Paulo.

Esse texto provavelmente se chamaria Daniel Lorca, e seria um tributo ao baixista-figuraça do Nada Surf. Isso porque como dito no post anterior, eu iria presenciá-lo no show de sua banda. E lá fui eu, com minha namorada, ser o primeiro da fila do Cine Joia, a ainda-nova casa de shows que fica próxima à Av. Liberdade. Eu não gosto muito da ideia de fazer resenhas, mas durante o show estava amadurecendo ideias para esse post. Assim como no texto sobre o show do Kings of Convenience, queria fugir do usual, e resolvi que o tema seria o baixista da banda. Afinal, era um destaque de fato: tocava com uma vitalidade e energia única, conversava com o público sem o microfone, fazia diversas poses roqueiras enquanto tocava, e em momentos épicos, colocava um cigarrinho na boca durante a música, lembrando muito o Slash em sua fase áurea.
Sim, esse seria o meu post. Porém, veio o bis do Nada Surf. E daí pra frente, tudo mudou.

Primeiro, alguns fatos. Minha música favorita da banda é Popular, que não átoa, tem um post dedicado a ela nesse humilde blog. A música favorita da minha namorada é I Like What You Say. Em shows, raramente eles tocam Popular, por ser muito antiga, hit saturado, essas coisas. I Like What You Say, por sua vez, eles nunca tocam.
Quando a banda saiu pro bis, depois de um show bem animado, eu já tinha me conformado com a ausência de minha favorita na setlist. Mas minha namorada não. Sacou uma placa da bolsa, e pediu pra eu segurar, já que estávamos bem na cara de Matthew Caws, o mega-simpático-vocalista da banda. Caws voltou pro palco, e se dirigiu até a gente, agachando e afastando um pouco a placa que pedia I Like What You Say, dizendo pra nós algo como "olha, não vamos tocar essa música agora, mas depois do show eu posso tocar uma versão acustica pra vocês, ok?". Ficamos congelados, lembro-me de ter agradecido, e ele seguiu seu show.

Naquele momento eu já estava bem feliz, embora tivesse claro na minha cabeça que essa história de "tocar pra vocês depois do show" poderia ser mais algo que se fala da boca pra fora, do que uma promessa. Voltei minha atenção para o show.
E que bis fantástico! Talvez o melhor que eu já assisti. Muito em função de terem sido quatro músicas animadas pro público esgotar toda aquela energia que ainda restava no fim da noite, pulando e se esgoelando. Mas o principal, obviamente, veio nos primeiros acordes e dedilhados de... adivinhem? POPULAR, sim, eles tocaram minha favorita, para o meu êxtase espiritual!

Fim de show, aquela sensação já conhecida de "grande noite" com "gosto de quero mais" e "melancolia por ter acabado". Mas não tinha acabado. Notei uma movimentação diferente atrás de mim, uma galera se aglomerando, e quando vejo, SIM, Matthew Caws tinha saído por uma porta oculta e estava com um violão na mão tirando foto com todo mundo. Um violão na mão.......
Por mais inacreditável que parecia, era uma promessa. Matthew tocou I Like What You Say para os felizardos que não foram embora correndo do show. Devido ao pedido da minha namorada, ao nosso pedido. De quebra, conseguimos fotos e autógrafos com ele! Fãs realizados, como acontecem nos nossos sonhos adolescentes...

Desculpe, Daniel Lorca... Mas você perdeu seu post-tributo depois disso tudo!






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ps1: todas fotos do post foram tiradas por mim :)
ps2: desculpem se o texto saiu muito grande e muito pessoal, mas eu precisava de um registro disso tudo antes que as coisas comecem a escapar da minha memória
ps3: acessem as versões dos fatos contados pela minha namorada, no blog dela: Miniature Disasters